NOSSO PAI FUNDADOR FALA EM SUA...
Quarta carta
AO JOÃO TIAGO PICCININI
16 de janeiro de 1534
Querido amigo, João Tiago.
SaudaçõesEsta carta é só para cumprimentar você e dizer que, em nome do nosso pai espiritual, Frei Batista, nem você, nem ninguém se preocupe com as dificuldades que acontecem ou que ainda vão acontecer, porque quem carrega o peso é ele e não nós.
É verdade que o Frei Batista não gosta das atitudes daqueles que ele orienta e que ficam fazendo papel de comerciantes, ou não querem caminhar sozinhos. Por isso vamos ficar calados: o próprio Cristo Crucificado vai fazer o resto, ou fará pela intercessão do Frei Batista. Isso não parece muito difícil, porque, para Deus, tudo é possível e nós sabemos, pela experiência de todos os dias, que é assim mesmo.
Pessoalmente, você compreenderá tudo bem depressa, mesmo que não seja nem da sua conta nem da minha, conhecer os resultados da intervenção de Cristo. Pronto! É só andar pelo caminho da cruz, que nos ensina a distinguir entre qualidade e defeito, ou se devemos ou não fazer uma coisa. Ah! Quer saber? Chega de conversa e mãos à obra!
Estou certo de que você não se preocupa com essas coisas e faz bem! Mas o que estou escrevendo é para você saber como estamos por aqui; e não falo mais nada sobre isso. Essas cartas são só para você! Guarde-as bem e não as mostre para ninguém, seja quem for. Se por acaso o doutor Jerônimo lhe entregar alguma carta, coloque-a dentro de uma das suas e remeta-as. Entregue só a pessoas de confiança, que com certeza vão entregá-las; caso contrário, guarde-as com você, até que apareça algum portador confiável.
Lembranças para a condessa, para Ângela, Párcia e sua irmã, Catarina e às outras. Também aos senhores Tiago Antônio e Francisco Grippa, da parte de todos nós.
Seu irmão em Cristo.
Pe. Antônio Maria Zaccaria.
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