06/04/2011

14.2011. LÁZARO VEM PARA FORA!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

Aproxima-se a Semana Santa, na qual a Igreja ganha grande visibilidade, mostrada nas vitrines dos meios de comunicação, em suas celebrações litúrgicas e em todas as manifestações, de acordo com as diferentes culturas, com as quais o amor maior, Jesus Cristo, em sua Morte e Ressurreição, é posto em espetáculo! Sim, desde as procissões de Ramos encontradas pela peregrina Etéria em Jerusalém, no século IV, até as encenações da paixão com teatros a céu aberto de nosso tempo, o mistério inesgotável de Cristo continua sendo o argumento mais explorado e nunca esgotado.
Artistas se encantam pela primeira vez com os personagens que são chamados a representar, sentindo inclusive ressoar em seus corações as raízes da fé, quem sabe plantadas na infância e guardas num cantinho reservado da consciência. Novas gerações, representadas por crianças, apenas chegadas à maior compreensão dos acontecimentos, que começam a descobrir uma formação feita de procissões e teatro, de emoções e surpresas. Deverão progredir, pouco a pouco, dos sentimentos à fé, tarefa de pais, Igreja e Catequistas, aos quais são confiados os pequeninos de Deus que se encantam com ramos, assistem estupefatos o lava-pés ou choram diante da maldade daqueles que crucificaram Nosso Senhor.
Às gerações de adultos mais maduros na fé cabe a responsabilidade de sair das ruas, das encenações e procissões e entrar na Igreja, onde não se assistem a espetáculos, mas se torna presente o mesmo Senhor, em sua Morte e Ressurreição, fonte de vida e de graça para todos que deixam de ser espectadores para se envolverem no mistério vivido! O ano litúrgico da Igreja é uma delicadeza pedagógica, com a qual, a mesma realidade da fé no Cristo ressuscitado é celebrada intensamente, a partir de ângulos diferentes, para que todos cheguem à renovação de seus compromissos batismais, na festa maior que é a Páscoa.
Páscoa é como que aniversário de batismo de cada cristão! Para celebrá-la bem, nas semanas que correm os cristãos foram ao encontro de uma Mulher Samaritana e descobriram de novo aquele que é a fonte de água viva que jorra para a vida eterna e souberam que, sendo batizados, também eles se tornam fonte para os outros, não lhes sendo lícito permanecerem indiferentes a ninguém, já que todas as pessoas são candidatas à mesma comunhão com Deus. Todos foram apresentados ao Cego de nascença, cujos olhos foram abertos por Jesus. Descobriram-no como Luz do Mundo e entenderam que seu Batismo, também chamado de Iluminação, abriu-lhes perspectivas inusitadas, cujo nome é fé!
Enfim, antes de entrar na chamada Semana Maior – Semana Santa, o Jesus que é Água viva e Luz do Mundo lhes é de novo apresentado. Desta feita, o convite é a visitar Betânia, cujo nome significa “Casa do Pobre” ou “Casa da aflição”. Lázaro está morto (Jo 11, 1-44). É uma situação trágica, pois morreu o amigo de Jesus. A morte assusta, mesmo quando as pessoas quase se acostumam, quando em nosso tempo é noticiada exaustivamente dia a dia, como um fato a mais, sem muito mistério ou sacralidade!
Para Jesus, seus apóstolos e os amigos de Betânia, as coisas são diferentes. Marta que reclama pelo atraso de Jesus expressa nossa reação diante da morte de uma pessoa amada. O choro de Jesus pelo amigo morto é choro de Deus pela realidade da morte presente na humanidade e também choro diante de sua própria morte que se aproxima. A Salvação que traz deve tocar no mais fundo da realidade humana. Quando faz seu amigo voltar à vida, Jesus anuncia a completa libertação da morte. Existe esperança!
O relato evangélico passa, num maravilhoso crescendo, da narração da doença à morte e sepultura e o retorno à vida do amigo Lázaro, cujo nome quer dizer “Javé ajuda”. Transparece a humanidade cheia de ternura de Jesus, com emoção, lágrimas, declaração de amizade e revelação do Filho de Deus.
O “Credo” de Marta sintetiza esta rica realidade: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo”. A resposta de Jesus é promessa de vida: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais (Jo 11, 25-26).
Diante do sepulcro de onde sai Lázaro, Jesus proclama ser Ressurreição e Vida. Mas sabemos que Jesus deverá entrar no sepulcro da morte, ser envolto em faixas como seu amigo Lázaro e ressuscitar ao terceiro dia. Cristo é para todos os homens e mulheres, feridos de morte pelo pecado, Ressurreição e Vida! Saímos do velório de Lázaro, ouvimos o grito de Jesus a todos os lázaros da história, passamos pelo Cenáculo, Sinédrio, Getsêmani e Pretório e daí chegamos ao Calvário, para amanhecer no Jardim da Ressurreição. Não perca os detalhes e participe de tudo!


04/04/2011

4 de abril

Santo Isidoro de Sevilha

Isidoro, o mais novo de quatro irmãos, nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter quatro deles: Isidoro, Fulgêncio, Leandro e Florentina, elevados à veneração dos altares da Igreja.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, tendo na figura do irmão mais velho, Leandro, o pai que falecera cedo. Diz a tradição que logo que ingressou na escola o menino tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores, mas rapidamente superou tudo com a ajuda da Providência Divina. Formou-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico, e ordenou-se sacerdote.

Tudo isso contribuiu muito para que trabalhasse na conversão dos visigodos arianos, a começar pelo próprio rei. Isidoro também foi o responsável pela conversão dos judeus espanhóis. Tornou-se arcebispo e sucedeu a seu irmão Leandro, em Sevilha, durante quase quatro décadas. Logo no início do seu bispado, Isidoro organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecidas bibliotecas e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem seus tempos livres ao estudo e às boas leituras.

Depois, retirou-se para um convento, onde poderia praticar suas obrigações religiosas e também se dedicar intensamente aos estudos. Por seus profundos conhecimentos, presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, do qual saíram leis muito importantes para a Igreja, de modo que a religiosidade se enraizou no país. Por isso foi chamado de "Pai dos Concílios" e "mestre da Igreja" da Idade Média.

Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias. No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.

Ele nos deixou uma obra escrita sobre cultura, filosofia e teologia considerada a mais valorosa do século VII. Nada menos que uma enciclopédia, com vinte e um volumes, chamada Etimologias, considerada o primeiro dicionário escrito, um livro com a biografia dos principais homens e mulheres da Bíblia, regras para mosteiros e conventos, além de muitos comentários acerca de cada um dos livros da Bíblia, estudo que mais lhe agradava.

Dante Alighieri cita Isidoro de Sevilha em seu livro A divina comédia, no capítulo do Paraíso, onde vê "brilhar o espírito ardente" nesse teólogo. Em 1722, o papa Bento XIV proclamou santo Isidoro de Sevilha doutor da Igreja, e seu culto litúrgico confirmado para o dia de sua morte.
13.2011. EU SOU A LUZ DO MUNDO

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Ao professar a fé cristã, os homens e mulheres de nosso tempo nele descobrem a fonte de vida e de graça e ao mesmo tempo a referência para o comportamento nas diversas circunstâncias. Ele passou fazendo o bem, tem palavras “de vida eterna”, expressa os sentimentos humanos de forma inigualável, acolhe crianças, enfermos, pecadores de todos os tipos, visita, dialoga, cura, ama. Ninguém passa em vão ao seu lado.
Durante a vida pública, Jesus esteve algumas vezes em Jerusalém, sendo a última delas para sua entrega definitiva, quando deu livremente sua vida para morrer e ressuscitar. O Evangelho de São João descreve magistralmente o clima da última e definitiva viagem. Jesus vai a Jerusalém e participa de festas rituais dos judeus (Jo 7-12) e permanece nos arredores da cidade santa. O clima é tenso e o leitor se sente envolvido num verdadeiro tribunal, montado para condenar a Jesus. Interferem testemunhas, o próprio Senhor chama em causa as obras realizadas e a ação do Pai do Céu, o seu Pai. “O Pai e eu somos um!” (Jo 10, 30). O conflito está armado! Sua visita a Betânia, quando faz voltar à vida seu amigo Lázaro, será o cume e desencadeará a decisão de levá-lo à morte (Jo 11, 47-57)
É neste ambiente que Jesus conta a parábola do Bom Pastor, acolhe com misericórdia a mulher adúltera, proclama-se Luz do mundo, cura o cego de nascença, vai duas vezes a Betânia e entra triunfalmente em Jerusalém.
Acompanhemos Jesus em seu encontro com o Cego de nascença (Jo 9, 1-41). Perto do cego estão seus pais, aparecem os fariseus que representam os verdadeiros cegos que não querem ver, os discípulos, os vizinhos e a opinião do povo que testemunhou o milagre. O enfermo não pede nada. É Jesus que “vê” o cego de nascença. Os discípulos tomam a palavra, com a pergunta sobre o sofrimento, mas o cego está calado. Mesmo se a mentalidade corrente liga a cegueira do homem ao pecado, Jesus mostra que ela indica a situação humana. Todos nós somos cegos desde o nascimento, todos somos doentes e de tal forma que nem temos força para invocar quem pode salvar-nos.
É o médico que toma a iniciativa. Seus gestos remontam à primeira criação. Volta à cena a terra e o barro da criação do mundo. Para que o ser humano possa ver, é necessária uma recriação! E Jesus manda o homem se lavar, e este obedece, diferente de Adão, que desobedeceu. O homem que antes não conhecia Jesus vive seu ato de fé. Dele nasce a sabedoria que vem do alto, pois sabe dar glória a Deus com suas palavras e com a adoração. Com esta sabedoria ele responde às interrogações das autoridades. Quem dá glória a Deus e adora “sabe diferente”.
A humanidade, representada pelas pessoas envolvidas nos acontecimentos, onde o “pecado do mundo” se manifesta, procura uma resposta para o mistério da cegueira e do mal, o mistério do pecado. Existe uma ignorância coletiva representada pelo próprio cego, seus familiares e outros que o conheciam. Mas existe também a ignorância dos que não querem ver. Querem culpar uns e outros, sem saber se é pessoal ou coletiva a responsabilidade pelo mal do mundo! Só o encontro pessoal com Jesus Cristo pode iluminar a situação e libertar do pecado pessoal e comunitário. Acreditando em Jesus Cristo, luz do mundo, o cristão se torna filho da Luz, neutraliza com sua vida o pecado do mundo e pode irradiar nas trevas desse mundo a luz da verdade!
É pouco a pouco que o cego de nascença e todos os cegos, entre os quais nos incluímos, conhecem Jesus. Primeiro é reconhecido como homem (Jo 9, 11), depois como profeta (Jo 9, 17) e enfim como Messias (Jo 9, 36-38). Na palavra e nas ações de Jesus, na sua pessoa, encontramos a salvação pessoal e coletiva da cegueira que envolve a humanidade. Jesus salva sendo a Luz do mundo!
Até hoje nos deparamos com situações conflitivas e tocamos nas bordas do impossível, mesmo com todos os recursos oferecidos pela ciência e pela técnica. De um lado, aprendemos muito quando levados a acolher os próprios limites. Nem sempre temos soluções para tudo e nem por isso somos fadados à infelicidade. Mas as interrogações são mais profundas quando tocam no sentido da vida. Só no encontro pessoal com Jesus Cristo homem, profeta, Messias, Filho de Deus, Salvador, é que os olhos se abrirão para a luz da verdade. Não há que temer apresentar-lhe todos os nossos questionamentos, dos quais não tem medo. As soluções para o impossível não serão mágicas, mas profundamente humanas e magnificamente divinas!


30/03/2011

Vocação Sacerdotal, um Chamado de Deus.
A missão de cada sacerdote é clara e precisa: a sa

Eu considero que a primeira reflexão deve ser sobre o caráter estritamente sobrenatural do chamado de Deus: foi Ele quem tomou a iniciativa sobre o novo rumo que as vidas dos vocacionados tomarão. Porque não são os vocacionados que escolheram a Cristo, mas sim foi Cristo quem, de uma maneira especial, escolheu-os para que vão por todo o mundo e levem frutos de santificação e de autêntica vivência cristã, e para que todos os frutos permaneçam como um sinal clarividente da intervenção divina (Cf. Jo 15,16).
A vocação sacerdotal e consagrada se apresenta por isso como uma eleição providente de Deus, profundamente gratuita, imprevista e desproporcionada a nossos cálculos e possibilidades humanas.
A vocação sacerdotal é o maior presente que Deus pode depositar nas almas. Do mesmo modo que chamou Pedro, são Tiago, João... e foi-lhes dizendo: 'Vem e segue-me', um dia Cristo fixou seu olhar em um jovem e disse: 'N., N.,N.,... vem, que eu te farei pescador de homens'. Ninguém respondeu ao sacerdócio por ação humana, mas porque o próprio Cristo no interior de suas almas pronunciou seu nome e os convidou a segui-lo. É um convite a grandes coisas: o que é melhor que ser embaixador do próprio Deus?
Cristo tem necessidade de cada um dos sacerdotes, como teve de Pedro, de São Tiago e de São João. Os sacerdotes são as mãos, os pés, os olhos, a mente, o coração de Jesus Cristo; são os canais e os meios pelos quais Ele vai comunicar-se à humanidade.
Que honra! Que doce o peso que Ele coloca sobre ombros de cada sacerdote: é o peso imponderável da Redenção, na qual se contém a felicidade pessoal e eterna de cada homem.
Chamado que respeita a Liberdade
Deus respeita em sua integridade o homem e quando chama uma alma a seu serviço, em seu solene poder, nem a violenta, nem a intoxica, mas, com a paciência e amor que em sua revelação podemos contemplar em Jesus, deixa-a quase andar à deriva ou ao sabor das circunstâncias normais que trazem consigo esses processos e situações, e que em seus altos e baixos mal controlados poderiam inclusive determinar a decisão fundamental da alma e comprometer seu desígnio.
Há muitos jovens que Deus nosso Senhor preparou amorosamente desde toda a eternidade para que sejam sacerdotes; há muitos jovens que Deus chamou para serem sacerdotes; mas nem todos correspondem ao chamado de Deus, porque o chamado de Deus não implica o esmagamento da liberdade da pessoa humana; Deus sempre deixa a liberdade de seguí-lo ou não segui-lo. Cada jovem chamado ao sacerdócio é livre, absolutamente livre; cada um deles pode responder a Deus: sim ou não.
Chamado que exige uma resposta pessoal
Deus chama a cada jovem ao sacerdócio para que ele responda; chama a cada um, como pessoa. E a resposta a Deus é uma resposta pessoal. Nunca posso me escusar na falta de generosidade dos outros para justificar minhas atitudes. No caso de que os demais não viverem o cristianismo, de não se entregaram com entusiasmo ao trabalho apostólico, eu não tenho nenhum motivo para ficar atrás... Já dizia a Bíblia: 'Ainda que caiam dez mil à tua direita e dez mil à tua esquerda, tu segue adiante'.
Chamado que implica Santidade
A missão de cada sacerdote é clara e precisa: a santidade urgente! Temos por vocação que nos esforçar para adquirir a consciência de que hoje e amanhã ensinaremos nossos irmãos como ser santos. Alter Christus (Outro Cristo): glorificador do Pai e salvador de almas. (Marcelino, crsp.)


25/03/2011

Anunciação do Senhor

25 de Março



Anunciação do Senhor Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.

Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade."

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’" (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:

"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".

23/03/2011

Licenciatura em Estudos Pastorais

Objetivos
Essa corrida, como um todo, procura ter uma visão de mundo ampla pastoral, uma sensibilidade sonora bíblica, teológica, litúrgica e sacramental e pastoral, educacional e que lhes permite, de sua parte justa da Igreja, evangelizar cultura e um modo criativo de fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo.
Destinatários
O treinamento oferecido nesta corrida é essencialmente direccionado para: futuros sacerdotes, religiosos, futuros professores de religião e moral, e profissionais ligados à Igreja professores da área, conselheiros, psicólogos trabalhadores, a saúde e jornalistas.
Requisitos de Entrada
Para iniciar este percurso é um mínimo de 100 créditos estudos anteriores reconhecível em qualquer faculdade ou estudos próprios da vida religiosa. Aqueles que não têm estes estudos anteriores Escola atribuídos 100 créditos em filosofia e educação geral na universidade.
As receitas correntes são:
Cortesia de admissão. Admissão adicional é aberta a quecuenten religiosa, com a primeira pontuação (ou outra autoridade compromissos religiosos) e colocam mais de 30 anos, com experiência pastoral especial de admissão. Pessoas que tenham feito estudos em universidades chilenas e estrangeiras.
Em todos os casos necessários:
High School Diploma
Revisão da cultura teológica de base
Revisão castelhano
Teste psicológico
Entrevista pessoal
A Licenciatura em Estudos Pastorais pode ser tomada no ano 2, 3, 4 ou 5 e provocar as seguintes quatro títulos:
Bacharel em Estudos Pastorais estudos pastorales con Bacharel mencionado na igreja de trabalho:
Licenciatura em Estudos Pastorais
Licenciatura em certificado de estudos pastorais na área de humanas (equivalente a Licenciatura de Estudos da Religião e cumpre os requisitos de formação teológica dos candidatos a sacerdotes).
Licenciatura em Estudos Pastorais
Objetivos
Essa corrida, como um todo, procura ter uma visão de mundo ampla pastoral, uma sensibilidade sonora bíblica, teológica, litúrgica e sacramental e pastoral, educacional e que lhes permite, de sua parte justa da Igreja, evangelizar cultura e um modo criativo de fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo.
Destinatários
O treinamento oferecido nesta corrida é essencialmente direccionado para: futuros sacerdotes, religiosos, futuros professores de religião e moral, e profissionais ligados à Igreja professores da área, conselheiros, psicólogos trabalhadores, a saúde e jornalistas.
Requisitos de Entrada
Para iniciar este percurso é um mínimo de 100 créditos estudos anteriores reconhecível em qualquer faculdade ou estudos próprios da vida religiosa. Aqueles que não têm estes estudos anteriores Escola atribuídos 100 créditos em filosofia e educação geral na universidade. As receitas correntes são:
Cortesia de admissão.
Admissão adicional é aberta a quecuenten religiosa, com a primeira pontuação (ou outra autoridade compromissos religiosos) e colocam mais de 30 anos, com
experiência pastoral especial de admissão. Pessoas que tenham feito estudos em universidades chilenas e estrangeiras.
Em todos os casos necessários:
High School Diploma
Revisão da cultura teológica de base
Revisão castelhano
Teste psicológico
Entrevista pessoal
A Licenciatura em Estudos Pastorais pode ser tomada no ano 2, 3, 4 ou 5 e provocar as seguintes quatro títulos:
Bacharel em Estudos Pastorais
estudos pastoralescon Bacharel mencionado na igreja de trabalho
Licenciatura em Estudos Pastorais
Licenciatura em certificado de estudos pastorais na área de humanas (equivalente a Licenciatura de Estudos da Religião e cumpre os requisitos de formação teológica dos candidatos a sacerdotes).
Ambos os graus fornecer acesso ao ano Estudos de Formação de Professores da Faculdade de Educação e obtenção do titulo de Professor do Ensino Secundário em Religião e Moral.
 12.2011. FONTE DE ÁGUA VIVA

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

         “Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! Ajudai todos aqueles que querem servir a Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira! Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! Ao seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem o que é que está dentro do homem. Somente Ele o sabe!” Assim iniciou, em 1978, o Papa João Paulo II, o seu serviço apostólico de sucessor de Pedro. Diante de todas as pessoas, os cristãos são chamados a evangelizar, oferecendo o que de melhor descobriram em suas vidas, o encontro com Jesus Cristo, Redentor do mundo. Não há limites! Todos os campos da vida humana se abram para o Redentor.
         Entretanto, sabemos que há muito receio diante do anúncio e do nome de Jesus Cristo, como existem resistências à Igreja. Temos consciência dos desafios à Evangelização, assim como um leque aberto de questões novas e velhas que provocam a criatividade dos cristãos. A Igreja identificou algumas exigências ou modos para anunciar Jesus Cristo. Muitos o conhecem pelo anúncio explícito, na pregação vigorosa do nome de Jesus, que ressoa por toda parte e no correr dos séculos. Outras pessoas serão tocadas pelo testemunho de comunhão oferecido pelos cristãos unidos em nome do Senhor. No mundo inteiro, os cristãos são chamados a servir, e quantas são as expressões da caridade vivida, com a qual Jesus Cristo é testemunhado. Pelo diálogo aberto e sincero passará a estrada da conversão para uma larga e significativa porção da humanidade.
         Impressiona-me sobremaneira o diálogo de Jesus com a mulher samaritana (Jo 4, 5-42), com o qual a Igreja começa a segunda etapa da Quaresma, na qual Jesus Cristo é apresentado como água viva, luz do mundo e Ressurreição e Vida. Na conversa com aquela mulher nos encontramos e descobrimos os caminhos para chegar a tantas pessoas temerosas de acolher o Salvador.
O diálogo começou com questões domésticas, com poço e balde, passou por assuntos de religião até chegar à vida da mulher samaritana. Diálogo que se preze começa com ouvido e não com a fala interminável que exige compreensão. Trata-se de acolher a outra pessoa como quem que faz parte de mim, para saber partilhar as suas alegrias e os seus sofrimentos, para intuir os seus anseios e dar remédio às suas necessidades, para oferecer-lhe uma verdadeira e profunda amizade (Cf. Novo Millenio ineunte 43). Jesus Cristo foi ao encontro da situação da samaritana, escutou-a profundamente e refez com ela o caminho, ele que descia do alto e conhecia o coração humano. Foi-lhe possível até mostrar às claras sem acusações, uma história cheia de dramas, para abrir-lhe a estrada da esperança.
A samaritana encontra Jesus junto ao poço de Jacó. Uma mulher na rotina monótona de sua vida. Descobre a existência do pecado, a própria fraqueza e a exploração de que é vítima. No fundo, uma grande insatisfação e a sede de felicidade e de paz, o desejo de uma nova vida, na qual se sinta restaurada em sua dignidade. Chama-se Salvação esta novidade! Nessa mulher estão todos os nossos sonhos, todo o nosso desejo de graça e salvação.
Só a presença e a pessoa de Jesus a fazem descobrir algo de novo e melhor. No coração da samaritana e em sua situação de amargura, na qual se encontrava mais ou menos acomodada, o Mestre escava para fazer brotar uma fonte de água, fazendo-a descobrir a si mesma a partir de sua própria humanidade e se realiza o encontro da salvação. E Jesus se revela fonte de água viva que jorra para a vida eterna, fonte do Espírito Santo. Ele é o novo Moisés que toca com a força de sua palavra a rocha do coração da mulher. Jesus perdoa o pecado e dá um novo sentido à existência, fazendo-a portadora da novidade que brotara de seu próprio poço interior, cavado com delicadeza. Ele muda, converte e é fonte de felicidade.
Há muitos poços de Jacó espalhados pelas nossas cidades, esperando alguém que chegue em nome de Jesus Cristo para escutar e refazer estradas, sem medo de ir ao fundo das interrogações humanas. Há gente com sede de água viva gritando por socorro, clamando por cristãos que aceitem ser pequenos e simples, começando de novo, sem se escandalizarem com histórias de dor e lágrimas. Saibam os que acolherem o convite que podem estar escondidas por estas paragens muitas pessoas que no futuro dirão como os concidadãos da mulher samaritana. “Já não é por causa daquilo que contaste que cremos, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo 4, 42).